sábado, 1 de fevereiro de 2014

Náufrago parte final



 Esse nosso irmão agora envolvido naquele ambiente de amor, paz, luz, mantinha a mesma aparência do tempo em que desencarnou, mas agora estava consciente de que se estivesse lá com sua mãe, estaria com o cabelos grisalhos quase como os dela, muito tempo havia se passado, e aos poucos recobrava a consciência, não era a primeira vez que vivia algo parecido, agora tudo começava a ficar claro, ele próprio havia escolhido ao reencarnar, precisava vencer aquele desafio e novamente havia falhado, a força do ego, o apego extremo exagerado à matéria, ao invés de se render à força natural dos acontecimentos previstos e programados com concordância dele próprio, não era a primeira vez que escolhia passar por aquele tipo de desencarne e no auge da juventude, pois era algo que precisava transpor, avançar, para galgar novos desafios no caminho de sua evolução, mas não conseguiu, com facilidade se rendeu à obsessão pela vida terrena, a vida na matéria, se condenando a anos de sofrimento, e agora fazia julgamento severo de seus atos e contra si “ preso por mim mesmo, louco insano”, sua vergonha era dolorosa,naquele momento não se achava merecedor de estar ali, poderiam te-lo deixado lá com seu sofrimento, com sua falha, com sua escolha estúpida para sempre.
    Intercedemos pois o momento não era mais para punição, e sim de reestruturação, iria se recuperar ser colocado a serviço da ajuda a outros que como ele, chegariam com dor, fome, sede e frio da alma, para serem alimentados, curados,aconchegados com o único remédio, alimento, e cobertor que dispomos aqui, o amor!
    E assim mais uma vez tínhamos eu e meus companheiros a sensação de mais uma vez ter cumprido mais uma missão, aquele ser tinha agora consciência de quem era, de suas falhas perante si mesmo e sua existência última e anteriores, fora resgatado, curado das mazelas mais grosseiras esse era o nosso trabalho, a partir daí seguiria seu plano de evolução dentro da condição favorável ao seu nível de desenvolvimento. 
    A providencia divina e seus auxiliares o colocariam, o deslocariam, e sempre com seu consentimento, com o poder do livre arbítrio, o fariam caminhar em sentido reto, na linha viva, que mesmo com desvios causados pela força da vontade do direito de escolher, que influencia trazendo o avanço ou estagne, e por muitas vezes até o retrocesso de um estado ou uma condição do ser, essa linha nos leva infalivelmente a seguir em frente, podemos parar, desviar, mas em algum momento seremos obrigados por nossa própria vontade, a sentir nossa centelha divina, o pedacinho de Deus contido em cada um de nós e seguir em frente, avançar para o progresso para a evolução e o crescimento que nos trará o amor, a paz e luz suprema, dos quais em cada um de nós há uma partícula ainda que muito pequena,ou em alguns momentos quase imperceptível, busquemos então mergulhar nesse mar, não o mar turbulento e escuro do nosso irmão aqui citado, mas sim o mar de amor, de luz, caridade e fraternidade, o mar infinito da paz eterna que regozija  todas as almas encarnadas ou desencarnadas que se permitem  receber alimento tão precioso.
    Nosso irmão finalmente aceitou sua condição, após sua regeneração, trabalhou por grande tempo na colônia onde fora acolhido prestando socorro, ganhando tempo a tempo, o crescimento e o preparo de que necessitava  para que pudesse novamente receber a dádiva de tentar novamente superar suas fraquezas e alcançar sua luz."


Meus agradecimentos,à mentora;
Vera Lúcia Pimentel





                                 
                                                                       

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